“Todo mundo tem um Gandhi na família e, em breve, toda família terá um filho na UNEB.”
Parafraseando o militante da causa negra Lino de Almeida, o secretário municipal da Reparação (Semur), Ailton Ferreira, homenageou a UNEB pelos 10 anos de implantação do sistema de cotas na universidade.
A homenagem foi realizada na manhã de hoje (19), no hall da Reitoria, no Campus I da instituição, em Salvador, com o descerramento de placa comemorativa oferecida à instituição pela prefeitura municipal, por meio da Semur.
“Graças ao compromisso social da UNEB muita gente pôde realizar o sonho de ter uma formação superior. Esta instituição é realmente de toda a Bahia, não só no nome, mas principalmente nas ações inclusivas, que democratizam o ensino nos quatro cantos do estado”, pontuou o titular da secretaria.
O reitor Lourisvaldo Valentim destacou que a UNEB foi a primeira instituição de ensino superior a implantar a reserva de vagas etnicorraciais no país — política afirmativa que vem comprovando seu acerto e viabilidade ao longo destes anos, sendo adotada por diversas universidades brasileiras e, recentemente, julgada constitucional pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
“Fomos pioneiros na implantação das cotas e já beneficiamos cerca de 14 mil estudantes. Em breve, vamos inserir no mercado de trabalho também médicos negros e indígenas, que ingressaram este ano na primeira turma do nosso curso de medicina. Esses estudantes encontram na UNEB a oportunidade que lhes faltava. Tenho certeza que serão outros grandes profissionais oriundos do sistema de cotas”, destacou o reitor.
Os vereadores Gilmar Santiago e Marta Rodrigues e o presidente do Conselho Municipal da Comunidade Negra (CMCN), Marcos Sampaio, também entregaram ao reitor placas alusivas aos 10 anos das cotas na UNEB.
“A UNEB tem a cara da Bahia. Suas ações na capital e no interior do estado têm mudado a vida de muita gente”, ressaltou Marta.
Participaram também da homenagem, Edmilson Sales, subsecretário da Semur, Mário Nelson Carvalho, diretor de relações institucionais da Associação Nacional dos Coletivos de Empresários e Empreendedores Afro-Brasileiros (Anceabra), Nilsa Bonfim, mestre de noviças da Irmandade Nossa senhora dos Pretos, e Cláudia Rocha, coordenadora do Centro de Estudos dos Povos Afro-Índio-Americanos (Cepaia)da universidade.
O sistema de cotas da UNEB foi implantado em 2002. Do total de vagas ofertadas pela universidade em todos os cursos de graduação e pós-graduação presenciais e a distância, 40% são destinadas para negros egresssos da rede pública de ensino e outras 5% para indígenas.
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